domingo, 19 de agosto de 2007

Antecipo as comemorações de amanhã, juntando com as de hoje.

Dia 19 de agosto, Dia da Fotografia ( e 13 anos sem meu pai)
Dia 20 de agosto, Dia do olhar.


Queria postar hoje uma poesia que escrevi quando eu não 'enxergava' nenhuma relação com o que se comemora hoje com o tema da comemoração de amanhã. Explico: A poesia, nada de pretensão- veio de repente...Um grupo de poesia, que deixou rastros, mas não segue mais viagem surgiu. E eu embarquei nessa de arriscar e teimar em colocar (nossa! quanto verbo!) palavras no papel. Como estou em período de mudança (mais radical do que não sei o quê!), não consegui encontrá-la. Mas ela dizia, mais ou menos, assim:

Olho. (s.m.) . Parte do conjunto ocular, que mesmo não existindo é responsável por visualizar sonhos. Poesia: Sensível máquina fotográfica. Desenho: objeto, esférico e profundo. Psi: arquivo primeiro da memória.

Era na verdade uma intuição. Explico (de novo): Com essa coisa de a gente ter de corrar atrás das nossas necessidades e depois das vontades e desejos, decidi subverter a ordem comum das tarefas. Mas tenho que voltar uns quase 18 anos!!! Meu primeiro trabalho fotográfico foi 'cobrir' o batizado do meu sobrinho. Tarefa árdua, pois, na verdade, sabia que existia um botão disparador, mas não tinha certeza do que estava vendo. Era uma máquina bacana, mas que tinha o famoso "ERRO DE PARALAXE", ou seja, em poucas palvras, a imagem pretendida nunca ficava centralizada.

Passou o tempo e aquilo ficou por isso mesmo...

Coisa de 2003, fui para Antonina, no Festival de Inverno da UFPR e fiz um curso (uma semaninha) de fotografia documental com a Milla, intitulado: ENSAIO DOCUMENTAL - UM OLHAR SOBRE ANTONINA . As primeiras impressões (técnicas e artísticas) resultaram até hoje, numa leitura mais visceral da minha parte do que realmente a fotografia significa para a arte e ainda não para a vida...Depois de muitas discussões naquela época, descobri que a Milla tinha toda a razão.

Volto pra Antonina em 2004 e faço (em mais uma semaninha) mais um curso de fotografia com a Geslline Braga- FOTOETNOGRAFIA RETRATANDO A CULTURA DE ANTONIA. Vi um papel da fotografia diferente. Uma proposta de entender a fotografia como meio de denúncia - na forma de significado mais intrínsico da palavra, o de revelação da realidade, através de um estudo mais aprofundado do ambiente do Ser Humano.

Cabe, então, uma foto que fiz da Maratona de Curitiba, em 26 de novembro de 2006, que reflete e revela (ou pelo menos tenta) mostrar a importância daquilo tudo que aprendi em Antonina, com a Milla e com a Geslline. Uma foto que não quer revolver questões antes nem sequer discutidas, apenas identificar aquilo que eu já tinha escrito em 1998 (o ano da poesia acima).

"...mesmo não existindo é responsável por visualizar sonhos..."

Um comentário:

stela st disse...

Oi Ted! Mto legal seu blog. Mas ñ entendi o título...aaarrrrr!!!!Bjs c/ saudades. Stelinha